O giro de estoque desempenha um papel fundamental na gestão de armazenagem e saber como fazer o cálculo garante não haver sobras nem falta de produtos. Ao otimizar esta etapa, as empresas garantem mais produtividade, reduzem os seus custos e conseguem ter um planejamento muito mais efetivo do seu estoque.
Grande parte dos segmentos de negócio precisam de um estoque, desde uma indústria de armazenagem de matéria prima para realizar a fabricação de mercadorias até uma distribuidora que reúne os produtos antes de serem entregues ao ponto de venda ou consumidor final. A importância do giro de estoque abrange diferente setores: indústria, agronegócio, farmacêutico, entre outros.
Ser efetivo na gestão do giro de estoque não apenas garante um local seguro e com espaço suficiente para o armazenamento, como permite o alinhamento com as outras áreas envolvidas com a logística, como a gestão de frotas, ou externas, caso de compras e vendas. Com isso, permite-se trabalhar com menor custo e maiores margens de lucro.
Confira o que é o giro de estoque, as vantagens de acompanhar a rotatividade de mercadorias de perto, como fazer para otimizar sua gestão e como calcular o número ideal.
O giro de estoque é uma ferramenta que aponta a circulação das mercadorias, ou seja, quantas vezes elas foram vendidas e repostas completamente no armazém.
Trata-se de um indicador muito importante para avaliar se a gestão do estoque é eficiente, mostrando se há equilíbrio entre compras e vendas dos produtos. Quanto mais eles forem vendidos, maior é o giro de estoque.
Um giro de estoque baixo apresenta desafios significativos para a gestão de uma empresa, afetando tanto o custo quanto a eficiência operacional.
Em primeiro lugar, mercadorias que permanecem por muito tempo no estoque resultam em aumento dos custos de armazenamento, ocupando espaço que poderia ser destinado a itens de maior demanda e impactando diretamente no fluxo de caixa.
Outro problema é a maior possibilidade da inutilidade ou perda de produtos, especialmente em setores que lidam com mercadorias perecíveis, o que pode acarretar prejuízos consideráveis. Um giro baixo pode indicar desalinhamento entre as áreas de compras, vendas e logística, dificultando a integração dessas operações e comprometendo a disponibilidade de produtos de acordo com a demanda do mercado.
Por isso, otimizar o giro de estoque é essencial para liberar capital de giro e garantir que o estoque atenda às necessidades dos clientes sem excessos ou faltas.
No cenário ideal, o estoque não tem mercadorias em excesso nem em falta. Além do volume de produtos que entram e saem, também é importante acompanhar sua qualidade e variedade, cuja quantidade depende da demanda.
Considerando que o giro de estoque é quantas vezes o estoque foi vendido e reposto completamente em determinado período de tempo, o cálculo fica assim:
Giro de estoque = Total de vendas / Volume médio de estoque
Portanto, o giro de estoque é igual ao total de vendas dividido pelo volume médio de estoque.
Por exemplo, se o volume médio mensal no estoque de uma loja é de 4 mil latas de milho verde, e são vendidas 12 mil delas por ano, o giro de estoque é 3, o que significa que o estoque foi completamente renovado 3 vezes. Caso o número fosse menor do que 1, isso indicaria que o estoque não foi renovado nenhuma vez.
Em geral, o cálculo é feito para descobrir o número de giros ao ano, mas, no caso de mercadorias perecíveis (alimentos), que possuem rotatividade maior, também pode ser feito a cada mês, trimestre ou semestre. Para saber qual é o volume médio de estoque, basta somar o número de produtos do estoque inicial com o número do estoque final e dividir por 2.
Se você não quiser usar o número de produtos, também pode calcular a rotatividade de estoque a partir do valor adquirido com a venda deles. Nesse caso, o cálculo é o seguinte:
Giro de estoque = Total do valor de vendas / Volume médio de vendas
Em geral, quanto maior o giro de estoque, melhor: isso significa que a empresa está lucrando mais. Mas o indicador depende muito do segmento de vendas e não pode ser analisado apenas quantitativamente.
Itens de uso diário, como alimentos e produtos de higiene pessoal, por exemplo, possuem um giro de estoque maior do que os itens mais duráveis, como os eletrodomésticos. Isso também deve ser levado em conta para avaliar se o giro de estoque está sendo eficiente.
Agora que você já sabe como calcular o giro de estoque, está na hora de descobrir como ele pode ajudar a otimizar a gestão de estoque, fazendo com que as mercadorias não passem muito tempo paradas. Afinal, quando o assunto é vendas, tempo realmente significa dinheiro.
Com o número de giros em mente, fica mais fácil verificar os recursos necessários para o bom funcionamento do estoque, tomando decisões com base em dados concretos. Se o giro está menor, por exemplo, é possível pensar em ações para alavancar as vendas, incluindo promoções.
As datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Crianças e Natal, também são boas oportunidades para aumentar a rotatividade do estoque, gerando um crescimento da demanda sazonal. Se a venda esperada for acima do normal, é importante adequar a compra dos produtos de acordo com o volume planejado. Assim, nenhum cliente fica sem seu presente e a empresa aproveita os lucros.
Calcular esse estoque ainda facilita o planejamento de estratégias de gestão e de vendas. Uma delas, por exemplo, é adquirir mercadorias com mais frequência, o que evita o excesso no estoque, reduz a necessidade de espaço no armazém e diminui os aportes em cada negociação.
Dessa forma, sobra mais dinheiro em caixa para o capital de giro e o risco dos produtos perderem a validade sem que sejam vendidos é menor. No caso de incidentes como roubos ou incêndios, a perda também seria reduzida.
Tão prejudicial quanto o excesso de produtos no armazém é a falta deles no ponto de vendas para os consumidores. Para evitá-lo, algumas empresas trabalham com o estoque mínimo na loja, que é calculado com base na média de consumo diário multiplicado pelo tempo médio de reposição.
O estoque mínimo também pode ser utilizado para calcular o estoque máximo. Para fazer essa conta, basta somar o estoque mínimo com o maior lote de reposição dos produtos. Assim, sempre será possível saber a capacidade do estoque.
Já citamos os diversos benefícios de uma alta rotatividade de mercadorias, que indicam redução de custos de armazenagem, menor possibilidade de perdas de produtos por validade e até mesmo o aumento de liquidez, mas como é possível ser mais eficiente nesta área? Há alguns pontos que podem ajudar nas estratégias:
Estudar as tendências de consumo e ajustar os níveis de estoque de acordo com a demanda. Isso evita excessos de inventário e garante que os produtos certos estejam disponíveis no momento certo. Nesse sentido, contar com um histórico de dados contribui para uma análise mais precisa.
O uso de tecnologias como Inteligência Artificial e Machine Learning também facilita a criação e simulação de cenários distintos, fazendo com que a tomada de decisões seja mais bem-fundamentada.
A integração do segmento logístico com a área de vendas e marketing auxilia a pensar em meios de acelerar a venda de produtos de baixo giro. Entender como a redução de preços influencia nesta movimentação auxilia a planejar iniciativas futuras, além de contribuir para liberação de espaço no estoque e a geração de receita rápida.
Se todo negócio conta com uma gama de fornecedores já conhecidos, uma estratégia interessante pode ser o controle do volume de recebimento de mercadorias. Se há uma data sazonal, aumentar o pedido; se há um giro menor, receber em mais vezes e quantidades menores. Dessa forma, evita-se o acúmulo, a obsolescência e até mesmo a perda (em caso de produtos perecíveis).
O giro de estoque é também um alerta de estratégia para os negócios. Isso porque permite perceber quais os produtos de alta e baixa demanda. Esses dados devem ser usados para planejar os futuros produtos, ajustes a serem feitos, margens de lucro e de precificação, entre outros pontos.
A adoção dessas estratégias depende diretamente dos indicadores e das métricas usadas no acompanhamento do estoque. Alguns KPIs que costumam ser usados além da taxa de giro são:
Dias de inventário (DOI) – Representa o número de dias que, em média, o estoque permanece no armazém antes de ser vendido. É calculado dividindo 365 (dias do ano) pelo giro de estoque. Pode também ser calculado a partir de outros períodos, como mensal, bimestral ou trimestral.
Custo de manutenção de estoque – Estima os custos associados ao armazenamento, como aluguel, seguros e depreciação, em relação ao volume de vendas. É fundamental para estabelecer a estratégia de compras de insumos ou produtos e a margem de lucro obtida.
Precisão do inventário – Avalia a exatidão dos registros de estoque comparados ao inventário físico. Um alto nível de precisão indica uma gestão eficaz e torna as decisões mais bem fundamentadas.
Diversas soluções podem contribuir para esta estratégia. Entre elas, pode-se citar: softwares voltados à previsão da demanda, que mesclam dados históricos, análises de mercado e outros critérios para prever a demanda futura com mais precisão, facilitando o planejamento a partir de tecnologias como Inteligência Artificial e Machine Learning.
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